Não seremos tão pretensiosos para trazer aqui uma definição pessoal para a expressão “qualidade de vida”. O que faremos é trazer a discussão de estudiosos da área sobre o assunto e suas conclusões. No momento, seria interessante levá-los a alguns questionamentos: Quantas horas por semana você reserva para um bate papo com amigos, para um almoço tranquilo com a família, para curtir um passeio ao ar livre, ouvir boa música ou, ainda, ler um bom livro?

Se sua resposta foi “nenhuma” ou “quase nenhuma”, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), sua qualidade de vida está comprometida.

“ (...) A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como um completo estado de bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença (WHO, 1946)”.

(...) Assim, a OMS reuniu especialistas de várias partes do mundo, que definiram qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (The WHOQOL Group, 1995).”(...)

https://www.scielosp.org/pdf/csc/v5n1/7077.pdf

Partindo da definição de saúde da OMS deveríamos começar a nos preocupar com nossa saúde ou com os possíveis problemas oriundos da falta dela. Geralmente, só nos percebemos ‘doentes’ quando os exames clínicos comprovam, porém, como vimos, a definição dada pela OMS é bem mais ampla.

Tomando por base a definição dos especialistas para a expressão “qualidade de vida”, arriscaremos um modesto comentário: Para ser um indivíduo saudável e feliz não basta ter metas e fazer tudo para alcançá-las, é necessário se perceber como parte integrante de uma sociedade, de uma cultura e se conectar com os elementos que fazem parte desta cultura. Para isso, muitas vezes seria saudável se desconectar das questões ligadas ao trabalho e desfrutar de ricos momentos de lazer longe da correria e estresse do dia a dia.

Por Maria José da Silva

Professora da rede Municipal do Rio de Janeiro.